preconceito e machismo atrapalham a busca de homens por tratamento – Diário Penedense

preconceito e machismo atrapalham a busca de homens por tratamento – Diário Penedense

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Devido ao alto índice de câncer de próstata, a campanha Novembro Azul se tornou importante para todos os brasileiros, em especial para os homens. Neste mês, diversas entidades se unem para realizar uma campanha de conscientização já que o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais atinge os homens no país, ficando atrás apenas do câncer de pele.

Os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que a estimativa para 2018 é que existam cerca de 70 mil novos casos da doença no Brasil. Já em Alagoas, segundo o INCA, 600 novos casos serão descobertos até o fim do ano.

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Mas, mesmo com o alto número de casos registrados, o preconceito do homem em procurar um médico e fazer os exames é um dos problemas que persistem. Por este motivo, o Novembro Azul visa “quebrar” esse paradigma e chamar a atenção dos homens para a importância da prevenção.

O que é o Câncer de Próstata?

É o tipo de câncer que ocorre na glândula localizada abaixo da bexiga que evolve a uretra – canal responsável pela ligação entre a bexiga e o orifício externo do pênis- o tumor acomete somente homens maduros e pode ser curado quando ainda está no corpo do paciente. Se for identificado em estágio avançado o risco de sobrevida do indivíduo é muito menor.

O Dr. Eduardo Nunes, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia no estado de Alagoas, explicou o que pode ser feito para prevenir a doença e quais são os fatores de risco.

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Segundo ele, a prevenção deve começar aos 45 anos para pacientes que possuem histórico familiar de câncer de próstata principalmente aqueles homens que tem parentes de 1° grau com a doença. “E aos 50 anos para pacientes que não apresentam histórico clinico do câncer”.

Além dos fatores genéticos, conforme explicou o presidente, a etnia e a alimentação interferem diretamente no desenvolvimento do câncer de próstata. “Homens negros tem grandes possibilidades de desenvolver a doença, assim como homens obesos e pacientes que se alimentam de muita proteína animal”.

Prevenção

O presidente explicou que o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial, o que torna os exames de toque retal e PSA (Antígeno Prostático Específico) indispensáveis para o diagnóstico da patologia. Eduardo Nunes recomenda que os homens procurem um urologista para que as medidas de prevenção sejam executadas. “Os dois exames são básicos e devem ser repetidos 1 vez por ano”.

Preconceito e machismo

Apesar da maturação dos indivíduos que compõe a sociedade, o câncer de próstata ainda é tratado com muito preconceito entre os brasileiros. O psicólogo Carlos Gonçalves explicou que as mídias sociais tem sido um recurso importante para contornar essa situação.

“O preconceito existe, mas à medida que vem existindo uma massificação de divulgação sobre o assunto nas mídias sociais, a tendência é diminuir, mas ele ainda está muito presente. O apropriamento cultural está associado ao machismo que é uma das principais causas para a resistência do homem”, disse o psicólogo.

As perspectivas culturais se refletem nas atitudes do paciente que muitas vezes esquecem do risco da doença por causa do preconceito focando somente em como as pessoas de seu convívio social reagirão.

A psicologia chama esse processo de comorbidade, Carlos explica que nesse momento o paciente entra em um período de ansiedade e muitas vezes é levado à depressão. O indivíduo não se atenta para o tratamento da doença, mas sim no peso que o diagnóstico tem para a sociedade.

“Tudo começa pela questão cultural por isso que é tão importante o apoio da família. Toda forma de incentivo é bem vinda nesse momento. É claro que a ruptura de paradigmas tem ajudado, mas é essencial que o paciente receba apoio de todas esferas sociais”, finalizou o psicólogo.

Apenas 90% dos homens sobrevivem

O câncer de próstata tem evolução lenta e em 90% dos casos os pacientes conseguem sobreviver. Os sintomas que não aparecem na fase inicial do câncer costumam aparecer no estágio mais avançado da doença – dores nas costas, nas pernas e nos quadris- podem surgir em função da disseminação da patologia para os ossos. Por essa razão, o doutor Eduardo Nunes alertou sobre a necessidade do acompanhamento médico a partir da idade recomendada por especialistas.

*Estagiária sob supervisão da editoria

cadamunito

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Fonte: Post Completo

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