Em Curitiba, animais amputados têm vida normal (e querem uma nova família)

Animais amputados têm vida normal (e querem uma nova família)

Em Curitiba, animais amputados têm vida normal (e querem uma nova família)

Animais amputados têm vida normal (e querem uma nova família)

Francisco Xavier da Costa Aguiar Junior adotou o cão Toy no Núcleo de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar). Toy vivia na rua, sem tutor, e foi resgatado pela ambulância da Rede de Proteção Bicho e tratado depois de atropelado – Curitiba, 16/02/2021 – Foto: Daniel Castellano / SMCS

Foi a falta de uma das patinhas do cão sem raça definida Toy, que fez o gerente de projetos Francisco Xavier da Costa Aguiar Junior optar pela adoção do bicho. Vivendo em Curitiba desde 2018, o paulistano sempre conviveu com animais e, ao ver o novo companheiro em um site, não teve dúvidas e entrou em contato com o Núcleo de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar), para conhecê-lo pessoalmente.

“Sei que muita gente tem preconceito, mas eu queria fazer dissemelhante. O paixão envolvido é o mesmo [de um animal com todas as patas], e é muito bacana vê-lo feliz, com três patas e super muito ajustado”, comenta. “Recomendo a todos que queiram adotar”, completa.

O novo tutor conta que o cão é superinteligente e se adaptou muito às regras do apartamento em que ele vive no Núcleo de Curitiba, sempre ao som de boa música. Ele também já responde a comandos e só faz as necessidades quando vai para a rua.

“Os passeios acontecem de três a quatro vezes ao dia sem nenhuma dificuldade pela falta da patinha”, reforça Francisco. A Rossio Osório, no Núcleo de Curitiba, é o cenário das caminhadas.

Vida normal

Toy vivia na rua, sem tutor, e foi resgatado pela ambulância da Rede de Proteção Bicho e tratado, depois de ter sido atropelado. Outros animais abandonados atropelados nas ruas da cidade também ganham a chance de encontrar um lar e uma família. A amputação não demanda muito mais cuidados, de concórdia com a veterinária da Rede de Proteção Bicho da Prefeitura de Curitiba, Cláudia Terzian.

“O bicho se adapta muito rápido à exigência e ele mesmo nem percebe a falta de alguma das patas depois de pouco tempo”, afirma. “A maior dificuldade de adaptação é mesmo do ser humano”, lamenta.

De concórdia com a veterinária, os cuidados médicos, na grande maioria das vezes, são os mesmos para todos os animais. A única preocupação extra com os amputados é a de manter uma alimento balanceada e evitar a obesidade.

“A sobrecarga nas articulações pode despertar mais dor e desgaste e ele não vai poder nos relatar isso a tempo de resolver o problema de forma mais simples”, alerta. Para certificar a integridade e ajudar a manter o peso saudável, atividades físicas de plebeu impacto e com duração de 30 minutos a uma hora – em razão de as caminhadas tão comuns com os tutores –  estão liberadas.

Temperamentos variados

O comportamento também não é afetado pela perda dos membros. Dos muro de 10 cães atendidos pela ambulância de resgate bicho da Rede de Proteção, que precisaram de amputação e estão no Núcleo de Referência para Animais em Situação de Risco (Crar), há todos os temperamentos.

“Temos os mais brincalhões e os mais calmos. Eles continuam correndo e pulando, independente de qualquer coisa”, conta Cláudia. “O que fica mais complicado é pular portões para fugir, o que é uma vantagem para a guarda responsável”, brinca.

Alguns dos amputados à espera de uma novidade família no Crar, podem ser conhecidos em um álbum na página da Prefeitura de Curitiba e da Rede de Proteção Bicho no Facebook. Quem se interessar por um deles ou quiser saber os demais, pode agendar um horário e ir até o Núcleo, que fica na CIC.

Núcleo de adoção permanente

Além dos animais resgatados pela ambulância, diversos outros, vítimas de maus-tratos e apreendidos em fiscalizações da Rede de Proteção Bicho, estão no Crar esperando por uma novidade família. Todos os animais são castrados, desverminados e microchipados.

Serviço
Núcleo de Referência para Animais em Situação de Risco

Espaço: Rua Lodovico Kaminski, 1.381
Horário: segunda-feira a domingo, das 9h00 às 12h e das 13h30 às 15h30.
Agendamento pelo WhatsApp: 41 99963-0233.

Baseado: SMCS

Baseado: Post Completo

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