Curitiba segue tendência mundial e procura por bicicletas aumenta em meio à pandemia

Curitiba segue tendência mundial e procura por bicicletas aumenta em meio à pandemia

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Enquanto grande parte das empresas sofre por conta das restrições à circulação de pessoas em decorrência da pandemia do novo coronavírus, em Curitiba um setor vem conseguindo crescer, mesmo em meio às adversidades – ou até mesmo, nalguma medida, por conta delas. São as bicicletarias, que desde março viram aumentar as vendas e também a procura por serviços.

Apenas no mês de maio, por exemplo, a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) registrou aumento de 50% no número de bikes vendidas, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em Curitiba, há até mesmo lojas que relatam ter dobrado o faturamento.
“Está em alta, e por vários fatores: academias estão fechadas, pessoal não pode correr nos parques. Em questão de mobilidade, é mais seguro a bicicleta do que o ônibus. E a pandemia não fez ter aumento só nas vendas e serviços no Brasil, mas no mundo inteiro”, comenta Marcel Portella, sócio-proprietário da Bike Portella. “Comparado com o ano passado, quase dobrou (a demanda)”, complementa.

Fernando Rosenbaum, coordenador geral da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (Ciclo Iguaçu) e sócio-proprietário da Bicicletaria Cultural, comenta que além das mudanças impostas pela pandemia, outro fator que vinha ajudando era o clima, por 2020 estar sendo um ano com mais calor e poucas chuvas.
“Tivemos uns 12% de crescimento, um crescimento normal até. Mas o que acontece é que a partir de abril costuma haver uma diminuição nos serviços, no uso em geral da bike, por conta do inverno e clima chuvoso, o que não aconteceu neste ano”, afirma o empresário. “Revisão de bikes, por exemplo, costumamos perceber no verão, que o pessoal deixa a bicicleta parada no período mais frio e depois quer pôr para rodar. Mas estamos vendo isso agora”.

A grande questão, contudo, é saber se esse crescimento será sustentado ou se trata-se de algo momentâneo. Na Portella, por exemplo, o ápice da demanda foi em maio e depois, com a reabertura das academias, foi sentida uma leve queda na demanda, que deu uma normalizada.
“É necessário que haja um preparo do Poder Público e do trânsito para receber essas pessoas iniciando na bicicleta. O mundo inteiro está preparando as cidades para esse novo futuro, esse novo agora”, apela Rosenbaum.

Corrida às bicicletarias vira fenômeno global

Não foi só em Curitiba, porém, que o ‘fenômeno das bicicletas’ foi registrado. Em outros locais da Europa e também nos Estados Unidos a magrela passou a ser utilizada em maior escala por conta da pandemia.

No Reino Unido, por exemplo, a venda de bikes cresceu 60% em abril, informou na última sexta-feira o jornal The Guardian. Entre os modelos mais baratos, que custam entre 400 e mil libras, o número de unidades comecializadas mais que dobrou.

Nos Estados Unidos, houve até uma ‘corrida’ às bicicletarias no final de maio. “Nós vimos pessoas comprando bikes de menor custo, que custam cerca de US$ 400, motivadas pelo pânico (de o mercado ficar desabastecido”, relatou à CBS News Bevin Carrol, sócia-proprietário de uma loja de bicicletas na Flórida. “As pessoas vinham e levavam qualquer bicicleta que tivéssemos dentro de uma determinada faixa de preço”, complementa.

Além disso, em países como China, Alemanha, Irlanda, Inglaterra e Estados Unidos foi registrado um aumento no tráfego em ciclovias, o que tem obrigado muitos governos a responder com a abertura de ciclovias de emergência. “O país se voltou para o transporte de duas rodas durante o lockdown por causa do coronavírus”, resume o The Guardian.

Empresário temem desabastecimento

Como o crescimento da demanda não é algo apenas local, mas mundial, empresas já começam a ter problemas para abastecimento e reposição de estoque. O que acontece, explica Marcel Portella, é que a China é o maior fornecedor de bikes e equipamentos para o Brasil. Só que os asiáticos estariam focando, neste momento, em atender a demanda vinda de países europeus e dos Estados Unidos.

Abastecimento, reabastecimento, está bem comprometido. Muito produto já está em falta.
Lojas maiores até estavam bem preparadas, estão lidando melhor (com a situação), mas hoje já não conseguimos reposição e, o que consegue, está agora mais caro”, diz o empresário. “Tem bastante coisa faltando e, ao que parece, só vai normalizar isso lá pro meio do ano que vem.”



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Fonte: Post Completo

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