Briga entre facções é apontada como causa de morte de casal
Uma peleja entre facções criminosas é a principal linha de investigação da morte do parelha Alexandro Aparecido dos Santos, 25, e Daphnne Yasmin de Oliveira Miranda, 21, prenha de três meses, de tratado com a Polícia Social.
Eles estavam em uma BMW X5 e foram mortos a tiros de fuzil e revólver. O delito foi na rua José Drulla Sobrinho, no bairro Uberaba, em Curitiba, na noite de sábado.
As vítimas moravam na capital paranaense e estavam voltando de uma viagem para Santa Catarina.
Eles foram surpreendidos e alvejados por tiros de um fuzil 556 e pistolas 9 milímetros que foram usados por criminosos que estavam em um outro carro. Possivelmente, segundo a Polícia Social, todo o armamento veio do Paraguai.
“É um caso gravíssimo que estamos investigando neste momento. Os criminosos estavam fortemente armados e vários estojos e projéteis ficaram intactos no solo. Foi uma emboscada vinculada ao tráfico de drogas e tudo foi premeditado. A vítima já é conhecida por ser homicida e traficante, ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A mulher também tinha passagens pela polícia, mas por menos seriedade”, afirma ao UOL o representante Tito Barichello, da Partilha de Homicídios e Proteção à Pessoa do Paraná.
Segundo ele, os tiros começaram pela lateral do veículo do motorista e em seguida atingiram a porção da frente do carro, reforçando a hipótese de que se trata de uma realização e o mira principal era Alexandro, que dirigia no momento do delito.
“Já temos a informação que uma pessoa foi contratada para cometer o delito. É uma pessoa extremamente profissional e muito treinada, que sabe usar muito muito o armamento. Foi um serviço terceirizado que tinha porque o mira o carro que eles estavam”, diz o representante.
Além do parelha, dois cachorros estavam dentro do veículo. Eles não foram atingidos pelos tiros.
Até agora, ninguém foi fixo. “Possivelmente, eles estudaram a espaço, já que não há câmeras de segurança para registrar o momento do delito”, afirma o representante.
Tornozeleira com papel alumínio
Alexandro tinha diversas passagens pela polícia e utilizava uma tornozeleira eletrônica, aparelho que monitora o deslocamento do detento. Para despistar a localização e bloquear o sinal do equipamento, ele cobriu a tornozeleira com papel alumínio.
“Isso interfere mesmo. O papel alumínio não corta o sinal, mas cria uma interferência. Depois a bandidagem alega que o aparelho estava falhando. Infelizmente, isso é muito geral”, lamentou o representante.
A BMW X5 em que eles estavam está em situação regular e registrado no município de Cornélio Procópio, no interno do PR.
Os corpos serão enterrados hoje à tarde. Dapinne será sepultada no Cemitério Paroquial de Orleans, em Curitiba, e Alexandro no Cemitério Pedro Fus, em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital.